A equipe de análise sensorial de azeite virgem do Laboratório Federal de Defesa Agropecuária do Rio Grande do Sul (LFDA-RS) foi credenciada pelo Conselho Internacional do Azeite (COI) até 30 de novembro de 2022. Esse reconhecimento é inédito no Brasil e é a confirmação da qualidade técnica das análises realizadas pela agência do grupo de especialistas. A equipa sensorial é constituída por um grupo de pessoas regularmente treinadas para provar o azeite e reconhecer o seu aroma e sabor. Essa operação é complementar às análises físico-químicas laboratoriais e é fundamental para determinar se o óleo é realmente extravirgem. Para obter a certificação, o Comitê Olímpico Internacional listou uma série de requisitos técnicos e de gestão, incluindo infraestrutura e proficiência em testes sensoriais.
“Esse reconhecimento é uma garantia da competência técnica e proficiência dos painéis. Considerando o mercado de azeite no Brasil, em que cerca de 99% dos produtos disponíveis são importados, é fundamental termos esse reconhecimento internacional, uma vez que o COI é a referência em regulação internacional”, informa o auditor fiscal federal agropecuário, Marcos Vinicios de Souza, encarregado pelo Laboratório de Classificação Vegetal do LFDA-RS.
Desde 2016, o LFDA-RS realiza análises físicas e químicas do azeite de oliva de acordo com os requisitos definidos pelo Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal da Secretaria de Defesa Agropecuária, por meio das quais podem ser detectadas e detectadas atividades fraudulentas. Verifique se o produto está sendo vendido na categoria correta. Com base nesse entendimento, trabalharemos para implementar esse método em nosso trabalho diário para garantir que o azeite virgem extra que chega à mesa do consumidor brasileiro seja um produto de alta qualidade.
Para o chefe do painel sensorial, professor Juliano Garavaglia, da Universidade Federal de Ciências da Saúde (UFCSPA) de Porto Alegre, a certificação vai além da inspeção porque comprova a qualidade da análise realizada pelo painel sensorial. “Somos consistentes com outros laboratórios ao redor do mundo e comprovamos que os resultados obtidos, seja pela força dos aspectos positivos do óleo ou pela força dos defeitos, estão de acordo com as regulamentações internacionais. Também é importante comparar os dados sensoriais de cada óleo, dos diferentes tipos O óleo. A região do país, diferentes azeitonas, pontos de maturação, melhorando assim toda a cadeia produtiva, procurando óleos de elevada qualidade com características sensoriais claramente definidas e classificadas “.
O que é Panorama Sensorial?
O panorama sensorial é preparado por uma equipe de pessoas com experiência constante para confirmar um azeite de oliva (virgem) e constatar nele aromas e sabores. Um técnico, que é chamado de chefe de panorama, organiza e analisa estatisticamente as notas de aromas que cada pessoa cedeu ao azeite.
Os testes sensoriais sobretudo baseiam-se na identidade e quantificação da intensidade de uma série de adjetivos sensoriais do azeite de oliva virgem, que podem ser positivos, essenciais ao item de melhor qualidade, como aromas frutados e sabor amargo e sensação de pungência; ou podem ser negativos, executados a partir de sistemas não adequados de trabalho, matéria prima de pequena qualidade ou mau estocado por exemplo, aroma e sabor rançosos; aromas de fermentação anaeróbica ou aeróbica; aromas e sabores de mofo; etc.
Logo, condizente a apresentação de aromas frutados e a apresentação ou não de aromas ou sabores negativos exibidos por essa equipe de pessoas, o dirigente de panorama expressa um documento alegando se aquele azeite é virgem, extravirgem ou lampante, que é quanto os azeites virgens são apontados pela legislação do Brasil
O panorama sensorial opera a partir de uma escolha e de preparações periódicas (no mínimo semanal, frequência adotada pelo Panorama Sensorial do LFDA-RS) dos censores. Esses sistemas são conduzidos por um dirigente de panorama, que tem uma aptidão particular e explanada nos testes sensoriais de azeite de oliva. Uma vez que a equipe (chefe e avaliadores) é preparado, as amostras de azeite são provadas às cegas; cada censor indica suas visões (atributos sensoriais positivos e negativos, se tiver, e suas intensidades); e o dirigente de painel analisa as medianas bem como comandos de validade de benefícios de uma consulta (amostras em duplicata, por exemplo e dispersão de resultados para cada dado avaliado).
Agora, estão envolvidas 22 pessoas, oriundas do LFDA-RS e da Superintendência Federal de Agricultura no Rio Grande do Sul (SFA-RS), e também de servidores da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA) e alguns voluntários.
Rede LFDA
A Rede LFDA é organizada por seis Laboratórios Federais de Defesa Agropecuária (LFDA) classificados por todo o Brasil: LFDA-GO, em Goiânia; LFDA-MG, em Pedro Leopoldo; LFDA-PA, em Belém; LFDA-PE, em Recife; LFDA-RS, em Porto Alegre; e LFDA-SP, em Campinas.
As avaliaçãos laboratoriais desempenhadas pela Rede LFDA são essenciais à garantia da saúde dos rebanhos, da sanidade das lavouras e da qualidade dos diversos produtos agropecuários, consumidos no Brasil ou exportados a mais de 100 países.
Os benefícios emitidos pelos LFDAs são internacionalmente admitidos como similares ou correspondentes, seguros e garantidos, o que concede ao Brasil o parecer entre os maiores exportadores de produtos agropecuários mundialmente.