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Agricultura em Goiás – Pêssegos com tecnologia da Embrapa ganham mercados no Hemisfério Norte

As exportações das variedades nacionais somaram mais de 60 toneladas em 2020

Há duas safras, produtores brasileiros de pêssego têm aproveitado um intervalo de produção das safras do Hemisfério Norte para exportar a fruta para França e Canadá. Entre os motivos que levaram a essa conquista estão duas variedades desenvolvidas pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Clima Temperado: a BRS Kampai e a BRS Fascínio. Os frutos de ambas somaram mais de 60 toneladas nas exportações brasileiras de pêssego em 2020.

Segundo a pesquisadora Maria do Carmo Raseira, uma das responsáveis pelo desenvolvimento das variedades, o volume exportado ainda é pequeno, porém, abre um caminho que pode ser expandido. “Ver o pêssego daqui exportado tem um significado muito importante, pois são frutas de cultivares brasileiras e cultivadas no Brasil.”

As variedades BRS Kampai e BRS Fascínio se destacam para exportação, segundo a pesquisadora, principalmente porque apresentam firmeza suficiente para aguentar cerca de 12 horas de transporte aéreo sem danos, além da boa cor e sabor. As variedades de polpa branca, como é o caso de ambas, geralmente são muito macias. Há mais de uma década, a pesquisa da Embrapa priorizou melhorar a firmeza desse tipo de polpa, resultando nessas variedades.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2019, o Brasil foi responsável pela produção de 183,1 mil toneladas de pêssego, em cerca de 16 mil hectares colhidos. O maior estado produtor é o Rio Grande do Sul, com produção de 110,2 mil toneladas, em 11,8 mil hectares. São Paulo fica em segundo lugar, com 32,9 mil toneladas, em 1,5 mil hectares. Na sequência, os maiores produtores são Santa Catarina, Minas Gerais, Paraná e Espírito Santo.

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