Em um movimento estratégico para o setor agropecuário brasileiro, a Rússia oficializou a habilitação de 11 plantas frigoríficas brasileiras para a exportação de carne bovina e de aves. Esta decisão, tomada após uma rigorosa missão de inspeção, simboliza um fortalecimento nas relações de confiança entre as autoridades sanitárias dos dois países e reafirma o compromisso do Brasil com a excelência em seus produtos agropecuários.
A missão de inspeção russa, que ocorreu pela primeira vez desde 2015, analisou meticulosamente seis plantas produtoras de carne de aves e cinco de carne bovina. A delegação russa, representada pelo Serviço Federal de Vigilância Veterinária e Fitossanitária da Federação da Rússia (Rosselkhoznadzor), visitou diversos estados brasileiros, incluindo o Distrito Federal. Durante o percurso, reuniões técnicas com a Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) e a Secretaria de Comércio e Relações Internacionais (SCRI) do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) foram realizadas para assegurar a conformidade com os rigorosos padrões internacionais.
Além dos frigoríficos, a delegação avaliou estabelecimentos de criação de bovinos e aves, bem como laboratórios oficiais. Este processo detalhado demonstrou a eficiência dos controles sanitários brasileiros em toda a cadeia produtiva, desde a criação até o produto final.
Impacto Econômico: As exportações brasileiras de carne bovina e de aves para a Rússia têm mostrado um crescimento impressionante. Em 2022, elas somaram US$ 278 milhões, correspondendo a 15,4% do total das exportações brasileiras para o país. Em 2023, este número continuou a crescer, alcançando US$ 250 milhões apenas entre janeiro e outubro, o que representa 22,2% do total exportado para a Rússia.
Esta missão reforça não apenas a relação bilateral entre Brasil e Rússia, mas também destaca o compromisso brasileiro com a qualidade e segurança alimentar. O diálogo contínuo e a cooperação com nações importadoras são cruciais para assegurar que o agronegócio brasileiro mantenha e expanda sua presença no mercado global. A habilitação dessas 11 plantas frigoríficas abre novos horizontes para o comércio internacional brasileiro, solidificando ainda mais a sua posição como um dos líderes mundiais no setor agropecuário.