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Grupo de trabalho da agricultura do G20 prioriza sustentabilidade e segurança alimentar sob presidência brasileira

A cooperação internacional no setor da Agricultura tem a capacidade de promover não apenas a segurança alimentar, mas também de impulsionar a produtividade agrícola e mitigar os impactos das mudanças climáticas. Nesse cenário, o Grupo de Trabalho da Agricultura, que faz parte da Trilha de Sherpas, desempenha um papel fundamental nas discussões sobre práticas sustentáveis de produção e questões relacionadas às políticas públicas para o setor.

Sob a presidência brasileira, o Grupo de Trabalho da Agricultura do G20 concentrará seus esforços na promoção da sustentabilidade dos sistemas agroalimentares e na expansão das relações comerciais internacionais como ferramentas-chave para combater a fome e garantir a segurança alimentar.

Representantes do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) participaram ativamente de eventos e discussões internacionais, contribuindo com suas perspectivas sobre as questões que serão debatidas durante a presidência brasileira do G20. Esse engajamento foi evidenciado durante o 5º Encontro dos Adidos Agrícolas Brasileiros, realizado em novembro. Na abertura da reunião conjunta das Trilhas de Sherpas e Finanças, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva enfatizou a importância do tema da produção de alimentos e do combate à fome, convocando os países membros a priorizarem essas questões.

A mensagem brasileira destaca uma preocupação crucial que requer ações coordenadas, especialmente diante dos números alarmantes da pobreza, que afetam cerca de 10% da população mundial, de acordo com dados das Nações Unidas (ONU). Esse desafio persiste devido à pandemia global e conflitos armados, comprometendo a meta de erradicar a fome e a pobreza extrema até 2030.

Para enfrentar esse cenário desafiador, o governo brasileiro tem implementado medidas para incentivar a produção e o desenvolvimento agrícola, como o Plano Safra, um programa de crédito destinado a fomentar a produção rural no país. Os recursos são direcionados para investimento, custeio, industrialização e comercialização de produtos agropecuários. Em 2023, um montante de R$ 364,2 bilhões foi alocado em crédito rural para a agricultura empresarial, com um impacto orçamentário de R$ 5,1 bilhões destinados à subvenção do crédito.

Além disso, a agricultura familiar também recebeu uma priorização renovada, com um investimento de R$ 71,6 bilhões para a safra 2023/2024, representando um aumento significativo de 34% em relação à safra anterior e marcando o maior volume da série histórica. Essas iniciativas incluem a retomada do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), que é executado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e promove o abastecimento alimentar por meio de compras governamentais de produtos provenientes de agricultores familiares.

A fome é um dos problemas mais urgentes do nosso planeta, e no contexto do G20, a compreensão compartilhada de que a produção de alimentos e o combate às desigualdades são essenciais para garantir um desenvolvimento sustentável e inclusivo.

O Grupo de Trabalho da Agricultura é liderado pelos ministérios da Agricultura e Pecuária (Mapa), Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), Pesca e Aquicultura (MPA), Relações Exteriores (MRE) e Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), trabalhando em conjunto para enfrentar os desafios globais relacionados à agricultura e à segurança alimentar.

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