O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) anunciou a suspensão da vacinação contra a febre aftosa nos estados do Amazonas e Piauí, após a conclusão da última etapa programada para abril de 2024. Essa decisão, comunicada à Equipe Gestora Nacional do Plano Estratégico do Plano Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PE-PNEFA) pelo diretor de Saúde Animal, Eduardo de Azevedo, segue uma nova avaliação que verificou o cumprimento dos critérios necessários para a suspensão da vacinação nestes estados.
Essa medida integra os esforços do Plano Estratégico, que tem como meta criar e manter condições sustentáveis para garantir o status de país livre da febre aftosa. Além disso, busca ampliar as zonas livres de febre aftosa sem vacinação, protegendo o patrimônio pecuário nacional e gerando benefícios para os envolvidos e para a sociedade brasileira. O objetivo final é que o Brasil se torne totalmente livre da febre aftosa sem a necessidade de vacinação até 2026.
Esse avanço do PE-PNEFA também será reconhecido internacionalmente. Neste mês de março, o secretário de Defesa Agropecuária, Carlos Goulart, enviará para a assinatura do ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, um ato normativo reconhecendo nacionalmente como livre de febre aftosa sem vacinação os estados do Amapá, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Piauí, Rio de Janeiro, Roraima, São Paulo, Sergipe, Tocantins e o Distrito Federal.
Esse ato normativo também abordará regulamentos para o armazenamento, a comercialização e o uso da vacina contra a febre aftosa, bem como restrições na movimentação de animais e produtos entre os estados que suspenderam a vacinação e aqueles que ainda a praticam.
A antecipação da etapa de vacinação contra a febre aftosa para o mês de abril será implementada nos estados da Bahia, Maranhão, Pará, Piauí, Rio de Janeiro, Roraima, Sergipe e parte do Amazonas. Enquanto isso, estados como Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Alagoas continuarão com suas etapas de vacinação em maio e novembro de 2024.
É crucial que os produtores adquiram as vacinas nas revendas autorizadas e as mantenham na faixa de temperatura entre 2°C e 8°C, desde a compra até o momento da utilização, incluindo transporte e aplicação na fazenda. A aplicação deve ser feita com agulhas novas, administrando uma dose de 2 mL na tábua do pescoço de cada animal, preferencialmente durante as horas mais frescas do dia.
Além da vacinação, os produtores devem declarar ao órgão de defesa sanitária animal de seu estado. Essa declaração deve ser feita dentro dos prazos estipulados pelo serviço veterinário estadual. Em caso de dúvidas, recomenda-se buscar esclarecimentos junto ao órgão executor de defesa sanitária animal do estado.