No primeiro mês do ano, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) apresentou um crescimento de 0,31%, conforme divulgado nesta sexta-feira (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em comparação com o mesmo período de 2023, quando o índice registrou uma variação mais significativa, atingindo 0,55%, o resultado atual demonstra uma desaceleração na prévia da inflação.
O destaque desse aumento moderado ficou por conta do grupo de alimentação e bebidas, que teve um impacto significativo de 1,53% no IPCA-15 de janeiro, representando uma influência de 0,32 ponto percentual no índice geral. O aumento expressivo da batata inglesa, que subiu 25,95%, foi o principal fator por trás desse resultado, contribuindo com 0,05 ponto percentual.
No geral, sete dos nove grupos pesquisados apresentaram elevação, com a maior variação ocorrendo em alimentação e bebidas. “A alimentação no domicílio subiu 2,04% em janeiro, com destaque para o aumento da batata-inglesa (25,95%), do tomate (11,19%), do arroz (5,85%), das frutas (5,45%) e das carnes (0,94%)”, informou o IBGE.
Em contrapartida, a alimentação fora do domicílio desacelerou em relação ao mês anterior, com um aumento de 0,24%. Tanto as refeições (0,32%) quanto os lanches (0,16%) tiveram variações inferiores às observadas em dezembro.
No grupo de transportes, houve um recuo de 1,13% em janeiro, contribuindo com um impacto de -0,24 ponto percentual no índice geral. A passagem aérea foi o destaque negativo, com uma queda de 15,24%, representando o maior impacto individual negativo do mês (-0,16 ponto percentual). Os preços dos combustíveis também recuaram, com destaque para o etanol (-2,23%), o óleo diesel (-1,72%) e a gasolina (-0,43%). O gás veicular, por outro lado, registrou alta de 2,34%.
No grupo saúde e cuidados pessoais, houve um avanço de 0,56%, com destaque para o plano de saúde (0,77%) e os itens de higiene pessoal (0,58%). Itens como desodorantes (1,57%), produtos para a pele (1,13%) e perfumes (0,65%) também tiveram aumentos relevantes.
A habitação teve um aumento de 0,33%, com destaque para a queda de 0,14% na energia elétrica residencial, resultado das alterações nas alíquotas de ICMS em algumas cidades, assim como reajustes tarifários na taxa de água e esgoto (0,56%) e no gás encanado (1,01%) em algumas áreas.
Em termos regionais, as maiores variações foram registradas em Belo Horizonte (0,88%), impulsionadas por aumentos nos preços dos ônibus urbanos (9,33%) e da batata inglesa (34,30%). Brasília, por outro lado, teve o menor resultado, com uma queda de -0,41%, devido à redução nos preços das passagens aéreas (-21,31%) e da gasolina (-3,72%).
O IPCA-15 é calculado com base nas famílias que possuem rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange diversas regiões metropolitanas do Brasil, além de Brasília e Goiânia. A próxima divulgação do indicador, referente ao próximo mês, está programada para o dia 27 de fevereiro.
